Neste ensaio, será abordado o ensino de leitura de textos literários no ensino médio. Espera-se que a
escola seja um local de formação de leitores críticos capazes de
interpretar e produzir textos de diversos gêneros literários. Entretanto parte dos alunos que
conclui o ensino médio não consegue interpretar nem ler textos literários.
Supõe-se que isso seja decorrente do fato de a literatura ser ensinada apenas como
simples reforço linguístico. Mas parte-se do pressuposto de que a
literatura é muito mais do que isso, ou seja, ela é extremamente importante para a formação
de leitores proficientes e críticos.
A leitura
baseada em textos literários desenvolve diversas habilidades do educando e trabalha
a capacidade de argumentação. A literatura é patrimônio artístico-cultural de
um determinado povo e é direito do aluno ser capacitado para usufruir desse
patrimônio. Os parâmetros curriculares nacionais para o ensino médio - PCNEM
(1999) destacam que em um mundo com tantas transformações e de difíceis
contradições, o aluno deve receber uma formação completa, ou seja, é necessário
que ele saiba se informar, comunicar-se, argumentar, compreender e agir.
Enfrentar problemas de diferentes naturezas, participar socialmente, de forma
prática e solidária, ser capaz de elaborar crítica e propostas; e,
especialmente, adquirir uma atitude de permanente aprendizado.
Mas essas
habilidades e competências devem ser desenvolvidas, sobretudo, em sala de aula,
principalmente, o prazer de descobrir outros mundos através do livro. O papel
do professor é se tornar mediador entre aluno e as obras literárias
apresentadas; além disso, deve tentar elaborar aulas criativas, práticas e motivadoras
para despertar a curiosidades do aluno.
Segundo Rildo
Cosson (2011, p. 17), na leitura e na escrita do texto literário encontramos o
senso de nós mesmos e da comunidade a que pertencemos. A literatura nos diz o
que somos e nos incentiva a desejar e a expressar o mundo por nós. E isso se dá
porque a literatura é uma experiência a ser realizada. É mais que um
conhecimento a ser reelaborado: ela é a incorporação do “outro em mim sem
renúncia da minha própria identidade”. No exercício da literatura, podem-se ser
outros, podem-se viver como outros, romper os limites do tempo e do espaço da própria
experiência e, ainda assim, sermos nós mesmos. É por isso que são interiorizadas
com mais intensidade as verdades dadas pela poesia e pela ficção.
Como foi dito ao
longo do texto, a literatura é extremante importante para formação dos
leitores, ela tem o poder de desenvolver as habilidades que cada indivíduo
possui e para isso acontecer é necessário mudar sua forma de ser ensinada,
mostrando sua verdadeira significância, além de, segundo Cosson (2011), possuir
a função maior de tornar o mundo compreensível, transformando sua materialidade
em palavras de cores, odores, sabores e formas intensamente humanas que a
literatura tem e precisa manter um lugar especial nas escolas.
Neusângela Maria
de Oliveira de Matos[1]
[1]
Graduanda do curso de Letras da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Belo
Horizonte – FACISABH. Ensaio desenvolvido nas aulas da disciplina “Produção de
textos III”.
REFERÊNCIAS
COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática.
2 ed. São Paulo:contexto, 2011.
Mesmo com alguns erros ortográficos e trechos um pouco sinuosos, muito bom o ensaio. A autora descreve o que já existe, relacionando a literatura ensinada nas escolas e ao mesmo tempo coloca uma proposta para que haja mais participação na literatura utilizando trechos literários, criando interação, na literatura em sala de aula. Além de fazer ligações com autores renomados no assunto, comprovando outras opiniões. Houve um ótimo devolvimento textual, sem repetições, finalizando com uma excelente conclusão.
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