Pretendo
desenvolver, neste trabalho, uma reflexão sobre a oralidade na sala de aula. No ambiente
escolar ainda há um grande problema para se trabalhar a oralidade, pelo fato de
a criança, em muitos contextos, conviver em espaços em que se usa apenas o
português informal e, ao chegar à escola, o professor, muitas vezes, não está
preparado para orientá-la, em relação ao dialeto que ela domina e aos que ela
precisa dominar. Até aquele determinado momento, talvez o aluno ainda não
esteja se expressando da maneira formal, por isso cabe ao professor atuar de
modo eclético, ensinando a língua formal a partir da língua informal para que o
aluno possa engajar na sociedade como indivíduo sábio linguisticamente.
Na escola, o
adolescente que domina vários estilos da língua oral possui certa facilidade para
compreensão na sala de aula e, por consequência, terá maior facilidade de se
inserir em alguns segmentos da vida social. Portanto, é necessário haver como
disciplina o aperfeiçoamento da oralidade na sala de aula, para construir uma
maior interação global e oral nos âmbitos sociais. A aplicação de um trabalho
efetivo com o texto oral na escola instruirá os alunos a dominarem diversos
gêneros orais.
Esse trabalho com a
oralidade deve ser aplicada na sala de aula por existir dificuldade que muitos
alunos possuem para construções textuais em geral. Esta mesma oralidade culta
ou coloquial deve ser transmitida e pronunciada em escrita, de acordo com o contexto
– destinatário, gênero, tipo textual, suporte - , pois não se deve falar da mesma
forma que se escreve em todos os campos ou vice versa.
Mas para isso são
necessários novos métodos de ensino, ou mesmo ampliação dos já existentes,
levando em conta que “além de apresentar aos alunos um repertório mínimo que
lhes permita compreender diferentes gêneros orais, é preciso ensiná-los a
planejar situações comunicativas levando em consideração o público ouvinte, a finalidade, o
conteúdo e a forma da exposição” (MARCUSHI, 2007). Diante disto, percebe-se que
o trabalho com o texto oral é tão importante quanto com o texto escrito.
Jacinta
de Jesus de Souza[1]
[1]
Graduanda do curso de Letras da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Belo
Horizonte – FACISABH. Ensaio escrito nas aulas da disciplina “Produção de
textos III”.
REFERÊNCIA
MARCUSHI, Luiz Antonio. Da fala para a escrita. 8
ed. São Paulo. Cortez, 2007.
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