domingo, 7 de junho de 2015

Trabalhando o texto oral no ensino médio

Neste ensaio, pretendo mostrar a importância do trabalho com a modalidade formal da língua falada no ensino médio. Com isso, espero que o aluno possa desenvolver-se melhor nas suas práticas sociais, preparando-se para a vida.

A oralidade é uma prática social interativa e comunicativa, sendo ela realizada em um contexto informal ou mais formal da fala. Em minha experiência no ensino médio e pelo que ainda tenho visto até o momento, muitas escolas não mantêm uma tradição para trabalhar a língua oral em contextos formais da língua. Em meus trabalhos em oficinas nas escolas tenho me preocupado, cada vez mais com isso, quando realizo dinâmicas com os alunos do ensino médio. Sempre proponho dinâmicas para trabalhar a fala em determinadas situações formais como, por exemplo, entrevista de emprego. Percebo que eles estão muito despreparados para tais situações.

A partir dessa minha vivência e observação, pretendo orientá- los a “regrar” as palavras que são usadas em situações mais formais, sendo que em uma entrevista de emprego, por exemplo, não podemos comunicar da mesma forma que em uma roda de amigos ou em um ambiente familiar.

Não só os alunos, mas também os professores devem ter uma orientação sobre como trabalhar a oralidade com os alunos, pois vejo que muitos não têm formação adequada para orientá-los ou não tem paciência em instrui-los para tal (SERAFIM, 2015).

A intenção não é corrigir o aluno ou dizer que ele está errado quando usa uma frase sem nexo ou palavras que não tem sentido no contexto formal, mas tornar o aluno poliglota dentro de sua própria língua, que possa falar utilizando vários dialetos em diferentes contextos sociais. Quando falamos com o aluno que ele está errado, e os corrigimos sem mesmo deixá-los pensar no que foi dito, provavelmente ele vai se sentir reprimido em outras situações com medo de estar errado o tempo todo.

Diante dessa situação, vejo que os professores e os alunos devem se comunicar melhor, com propostas para estudos sobre usos da língua oral em sala de aula, trabalhando gêneros textuais orais para se comunicarem melhor nos contextos formais da sociedade.

Jenifer Leal Teixeira[1]



[1] Graduanda do curso de Letras da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Belo Horizonte – FACISABH. Ensaio produzido na disciplina “Produção de textos III”.


Referência


SERAFIM, Monica de Souza. O trabalho com a oralidade em sala de aula. UFC. Disponível em: <http://www.filologia.org.br/xicnlf/3/11.htm>. Acesso: em 14 abr. 2015.

3 comentários:

  1. A questão da oralidade muitas vezes é deixada de lado dentro de sala de aula, pois, muito se trabalha com a escrita. Quando o aluno fala "errado" ou de acordo com seu "dialeto", o professor e a própria sociedade considera do ponto de vista "preconceituoso" como erro, poi, é diferente da norma culta. Claro que devemos considerar todos os tipos de variações linguísticas, mas o que não pode acontecer é ensinar apenas como deve se escrever corretamente, sendo que falamos diferente da forma que escrevemos, por mais "correta" que seja a fala. O trabalho com a oralidade é de suma importância, até mesmo se olharmos pelo lado das diferenças culturais de nosso Brasil. Não podemos taxar como erro as diferentes formas de fala.
    O texto, acima é de grande importância, ele levanta a importância de saber "corrigir" e do saber "ensinar" a língua materna.

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  2. A questão da oralidade muitas vezes é deixada de lado dentro de sala de aula, pois, muito se trabalha com a escrita. Quando o aluno fala "errado" ou de acordo com seu "dialeto", o professor e a própria sociedade considera do ponto de vista "preconceituoso" como erro, poi, é diferente da norma culta. Claro que devemos considerar todos os tipos de variações linguísticas, mas o que não pode acontecer é ensinar apenas como deve se escrever corretamente, sendo que falamos diferente da forma que escrevemos, por mais "correta" que seja a fala. O trabalho com a oralidade é de suma importância, até mesmo se olharmos pelo lado das diferenças culturais de nosso Brasil. Não podemos taxar como erro as diferentes formas de fala.
    O texto, acima é de grande importância, ele levanta a importância de saber "corrigir" e do saber "ensinar" a língua materna.

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  3. O tema abordado é de grande importância para o educando quanto para o educador. A oralidade é pouco abordada em sala de aula, uma quase omissão da fala como objeto de exploração no âmbito escolar. A escrita sem dúvidas é a prática mais trabalhada em sala de aula porém, ambos deviam ser trabalhadas em conjunto pois, é preciso escrever mais também é necessário falar bem.

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